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Educação e equilíbrio emocional segundo a neurociência (Transcrição)

Sabe aquela pessoa que te irrita profundamente e você sempre reage da mesma forma vergonhosa? Seja ironizando, xingando ou até mesmo agredindo? A neurociência mostra que é possível mudar esse tipo de comportamento horroroso. E isso é fundamental, tanto para o ambiente de trabalho, como familiar e social.

* * * * *

A língua portuguesa diferencia o verbo ser do estar, diferente do inglês e muitas outras línguas. Precisamos aprender que na verdade nós não somos nada, mas sim estamos alguma coisa.

Não somos tristes ou felizes, mas sim estamos tristes ou felizes.

Muitos dos nossos sentimentos que nós acreditamos ser, na verdade são algo de estado passageiro.

Por exemplo, se você teve, tem ou vier a ter depressão, você não é deprimido, você está deprimido. Isso é libertador, porque nos dá a chance de controlar o que nós somos e não precisamos nos descontrolar com a pessoa que nos irrita.

Irritabilidade

A neurociência mostra que é possível modificar esse tipo de comportamento.

Não nascemos com os nossos circuitos emocionais prontos. Muito pelo contrário, a maioria dos nossos circuitos emocionais vão sendo construídos ao longo da nossa história e de como lidamos com ela.

Numa analogia com o computador, é como se disséssemos que as nossas emoções estão muito mais para o software do que para o hardware. Ou seja, elas estão muito mais para o que é adquirido, do que para o que é inato, natural, intrínseco.

Nossas emoções não são simplesmente intrínsecas, mas sim, em grande parte, construídas por nós mesmos. É aí que temos a possibilidade de mudar hábitos negativos e ensinar o nosso cérebro a agir de forma diferente e podemos mudar comportamentos relacionados, por exemplo, à pessoa que nos irrita.

Cérebro aprendendo

Precisamos mudar da irritação para menos irritação, depois para a indiferença e quem sabe um dia, gratidão.

Mais profundamente, as nossas emoções são apostas do nosso cérebro, ou seja, são previsões e não certezas. Nós sempre nos vemos como reagindo ao mundo, mas na verdade o que o nosso cérebro está fazendo são sempre previsões e construções do mundo.

Isso significa que nós podemos modificar essas previsões, criando novas emoções. É por isso que cada vez mais a neurociência e as outras ciências mostram que nós, humanos, somos criaturas criadas por nós mesmos.

Nós, em geral, utilizamos as expressões “emoção” e “sentimento” como se fossem sinônimos, mas cientificamente falando, elas são diferentes.

A emoção vem primeiro e é o estado físico. Já o sentimento vem depois e é a interpretação da emoção.

Emoção e Sentimento

O sentimento é a experiência mental. 

Pegando a pessoa que nos irrita como um exemplo:

O que é a emoção?

A emoção é a mudança no batimento cardíaco, a mudança na temperatura do corpo ou é uma náusea que se instala.

O sentimento é a interpretação dessas mudanças, que nesse caso são interpretadas como irritação, raiva ou tristeza.

É interessante notar que, às vezes temos interpretações completamente diferentes para o mesmo batimento cardíaco e a mesma mudança na temperatura do corpo.

Ou seja, o nosso sentimento é uma interpretação e nós temos a maleabilidade em escolher como vamos interpretar essa emoção.

Nada vem com informação, nada no mundo externo. O que conta é como nós interpretamos essa informação, porque o único acesso que nós temos ao mundo é pelos nossos sentidos.

Poucos sentimentos são intrínsecos, como por exemplo sentir-se confortável e desconfortável. A maior parte dos nossos sentimentos é extremamente complexa e é definida pelas interpretações e reinterpretações que fazemos da nossa própria história.

Deveríamos continuar interpretando do mesmo jeito tudo o que recebemos do reforço positivo, e nos é benéfico, e reinterpretar tudo o que recebemos de reforço negativo, e que nos é maléfico.

Positivo e Negativo

O ser humano parece ser mestre em repetir o mesmo erro.

A gente não precisa disso. Precisamos dar o primeiro passo para modificar o comportamento e depois precisamos lembrar de repetir, repetir e repetir…

Essa é a única forma de mudarmos tal comportamento: aprender repetindo, repetindo e repetindo, até que esse novo comportamento fique cristalizado e mais fácil.

* * * * *

Por que é tão difícil mudar?

Porque quando agimos de forma descontrolada, seja ironizando, xingando ou agredindo, primeiro o cérebro recebe um alívio e depois é que vem a vergonha. Na próxima situação, com a mesma pessoa, qual será a aposta do cérebro? O alívio.

O alívio veio primeiro e, automaticamente, agimos da mesma forma. É isso que precisamos mudar: ensinar o nosso cérebro que não é no alívio que temos que prestar atenção e sim na vergonha, mas precisamos mudar para que isso aconteça.

Ao contrário do que muitos pensam, o nosso processamento emocional é resultado de uma orquestra cerebral e não uma atividade meramente límbica. O que isso nos diz?

Os estudos recentes mostram uma ligação muito estreita entre as partes límbicas e frontais do nosso cérebro, sugerindo que existe um processamento cognitivo nas nossas emoções.

Isso indica que nós podemos ter muito mais controle sobre nossas emoções. Isso é autocontrole, é poder buscar equilíbrio emocional.

dicas-para-cultivar-o-equilibrio-emocional

Dicas para cultivar o Equilíbrio Emocional

Outro engano que cometemos, é querer ler o que o outro sente.

Se a nossa leitura do mundo é muito baseada na nossa história, toda vez que tentamos ler o que o outro sente, estamos fazendo uma aposta (previsão), que é muito mais baseada na nossa história do que na história do outro. Isso é uma perda de tempo.

Muitas empresas hoje gastam fortunas para tentar ler o sentimento do outro, mas com que finalidade? 

Na verdade, a finalidade é a de controlar o outro, sendo que deveríamos gastar o nosso tempo para querer controlar a nós mesmos.

Ninguém nos faz sentir nada e nós decidimos o que queremos sentir, ou pelo menos temos essa chance. Isso significa que podemos ter mais controle sobre nós mesmos, o que é muito poderoso, pois nos dá a chance de termos MELHOR controle sobre nós mesmos.

Se temos melhor controle sobre o que sentimos, significa que temos mais responsabilidade sobre nós mesmos. Se continuamos agindo de forma descontrolada com quem nos irrita, a responsabilidade é nossa e não daquele que nos irrita.

Responsabilidade significa muita coisa e é exatamente aqui que mora o nosso livre arbítrio.

O que você faz para mudar esse tipo de comportamento que você não gosta e buscar melhor controle e equilíbrio emocional?

* * * * *

Essa é uma das brigas que tenho comigo mesma, DIARIAMENTE. Desde adolescente, sempre tive comportamentos explosivos com meus pais, sendo que eles não tinham culpa da forma com a qual eu processava minhas emoções.

Com o passar do tempo, fui entendendo isso e prestando mais atenção nas minhas atitudes. Não é fácil e eu ainda tenho um caminho muito longo a percorrer.

No entanto, acredito que por estar sempre estudando e por me interessar por conteúdos desse tipo, consigo aprender de forma autodidata, já que não consegui ainda buscar um acompanhamento profissional adequado.

Por isso, fiz essa transcrição do vídeo da Casa do Saber, onde a neurocientista Claudia Feitosa-Santana compartilha uma série de ensinamentos relacionados ao tema.

Vou deixar o link do vídeo abaixo caso queira acompanhá-lo na íntegra, mas peço que compartilhem essa transcrição como forma de divulgar o meu trabalho. 

Se precisarem ou conheçam alguém que precise de transcrições de vídeos ou webnários, deixe um comentário abaixo solicitando ou envie um e-mail para:

gmail contato@equilibrioassistenciavirtual.com

Espero que tenha gostado do assunto! Se sim, deixe seu curtir após o vídeo abaixo ou um comentário com sugestões. Vou adorar saber como posso ajudar! 😉

Publicado por Eli Equilíbrio 🕉️

Bailarina💃 Pisciana♓ Metamorfose Ambulante 🦋🐬

4 comentários em “Educação e equilíbrio emocional segundo a neurociência (Transcrição)

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